Milhares de pessoas vestiram-se de solidariedade e caminharam pelas avenidas de Teresina
Após a missa celebrada às 7h pelo arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, na escadaria da igreja de São Benedito, que foi simbolicamente abraçada pelos fiéis, a 24ª Caminhada da Fraternidade tomou conta da av. Frei Serafim. Era um mar de gente que caminhava alegremente, com sorriso fácil, satisfação no andar e generosidade nos cumprimentos.
Famílias inteiras, várias gerações, de bisnetos a bisavós, encontraram-se e caminharam juntos, um andar por dias melhores, pelo socorro na vida de irmãos mais necessitados, pelo acolhimento da justa causa do próximo. Pois é preciso seguir em frente. A chegada na ponte Juscelino Kubitschek é sempre um lembrete à união, a um elo entre irmãos que caminham por este mundo de Nosso Senhor; é também, metaforicamente, uma esperança de mudança, de passagem de um lugar para outro, todos na mesma direção, de mãos dadas, pois é assim que se fortalece e se pavimenta o caminho do bem comum. A descida da ponte embala os que pareciam cansados, pois o ânimo para ajudar energiza qualquer um que se proponha ao serviço pelo próximo. E a entrada na av. Raul Lopes se dá como se fosse mais uma largada, um start para os braços que acolhem num abraço. O sol brilha no alto e reluz no semblante dos caminhantes, bom coração faz brilhar os olhos. Já é vista a ponte Estaiada João Isidoro França, um símbolo de Teresina que abriga outra grande marca da cidade: a Caminhada da Fraternidade é a camisa que o teresinense vestiu-se e investiu-se, causa que abraçou e não larga por nada.
A chegada é triunfal, alegre, espalha-se aquele sentimento do dever cumprido, da caminhada com sentido e propósito. O troféu é saber que por mais um ano várias instituições darão dignidade a tantos irmãos que padecem, tem prêmio melhor? Cada pé que pisou nas avenidas deu uma mão ao irmão que tem menos, que vive com menos e precisa de um pouco mais. É de passo em passo que se percebe que a beleza do caminho está no caminhar. E é de passo em passo que se faz o abraço: nosso laço com o outro.
