A terceira Igreja, construída na área da Paróquia de Fátima, foi a do Sagrado Coração de Jesus, na comunidade do Alto da Graça. A construção, entre outras ações locais de assistência social, contou com o apoio de um projeto comunitário (no período 1981/82), coordenado por um grupo de casais que participavam do trabalho pastoral de Fátima:
A construção da Igreja foi assumida de modo competente pelos casais Marcos Hidd e Ivonilde e Marcos Lacerda e Gislane.
Essa comunidade se localiza no espaço entre o rio Poti e a Avenida Ininga e entre as avenidas Dom Severino e a Coronel Costa Araújo, no local antes conhecido pó “Alto do bode”, em razão de ser o espaço mais alto da região e onde D. Maria Pedreira abrigava os seus animais.
Pe. Tony denominou esse lugar “Alto da Graça”, fazendo o lançamento da pedra fundamental da nova Igreja em 8 de dezembro de 1980 e celebrando, ali, a primeira missa em 12 de agosto de 1981. Ao seu lado foi construída uma creche, depois uma escola e o salão paroquial, onde continuam a ser atendidas as crianças do lugar e onde são também realizados outros trabalhos comunitários. No ano de 1999, essa Igreja recebeu melhorias de suas instalações, com colocação de encostos nos bancos e revestimento nas suas paredes do interior e exterior.
Nessa área, as ruas começaram a ser abertas na década de 1960, nos terrenos de propriedade do Sr. Agostinho Araújo (conhecido como Agostinho Belinha) e do Sr. Raimundo Vieira Gomes. A viúva deste último, D. Lica, lembra que vieram morar nessas terras da margem do rio, em 1953, e que, no início dos anos 60, o seu esposo vendeu parte dessas terras para Dom Avelar, que autorizou a venda de vários lotes, a prestação, para pessoas pobres, deixando uma quadra para a construção de uma Igreja – exatamente onde foi construída a Capela do Sagrado Coração de Jesus.
Assim, com o apoio da Igreja, algumas famílias adquiriram lotes e passaram a residir nessa área. Entre eles, Zé Soldado e sua esposa, D. Maria das Dores Viana (que para aí se mudarem em 1963), o Senhor Sebastião Gomes da Silva e sua mulher, D. Francisca Vieira da Silva (que trabalhavam na granja e na horta que abasteciam o Seminário, localizadas à margem, esquerda do rio Poti, em terreno da Arquidiocese, onde está hoje o prédio da Agespisa). No Alto da Graça, esse casal continuou a trabalhar para D. Avelar, passando a cuidar do terreno cercado destinado à construção da Igreja, onde eram plantadas as culturas de milho e feijão, para distribuir com as famílias carentes.
Entre as primeira famílias de maior poder aquisitivo, que se mudaram para esse lugar, destacam-se a do Dr. Vespaziano José Rubim Nunes, que adquiriu uma quadra na esquina da avenida Poti com a rua Marcos Parente, em 1967, e a do Sr. Agostinho Araújo, proprietário de grande gleba de terras, que iam até o rio Poti. Na residência deste último eram realizadas as reuniões da Legião de Maria e as novenas de Nossa Senhora da Conceição, que sempre contavam com grande freqüência dos moradores das proximidades. Depois da morte do Sr. Agostinho, o seu filho, Dr. Carlos Alves Araújo, construiu uma capelinha na sua residência, onde continuaram as rezas e as novenas até a construção da Igreja atual.
O formato atual da Igreja do Sagrado Coração de Jesus tem a marca da Arquiteta Geny Moura, nas suas cores vivas e a disposição do seu interior.
Serviços Gerais: Márcia Fernanda Alves de Holanda
Rua Marcos Parente, 1515 – Alto da Graça – Cep: 64.048-070 – Telefone: (86) 3233-6083